Gestão financeira da agência de marketing: saiba os melhores métodos
Lidar com o setor financeiro de uma empresa é o grande desafio de um empreendedor. É nele que reside a base estrutural para que o negócio possa prosperar ou estagnar. Quando alguém inexperiente no assunto assume o processo, tende a acreditar mais na sorte do que em planejamentos sólidos e controle.
As agências de marketing precisam de uma gestão financeira sólida para não ficarem expostas a riscos desnecessários ao negócio, inclusive, impedindo que ocorra uma avaliação mais eficiente de seu desempenho no mercado e na organização de projetos. Mas, boas dicas dadas por profissionais bem-sucedidos na área podem ser a chave do sucesso!
A importância da gestão financeira
A gestão financeira promove ações que visam garantir que todos os outros setores possam se desenvolver adequadamente e a empresa, como um todo, possa crescer. Ela começa antes mesmo que a empresa exista, em seu processo embrionário, nos primeiros traços do seu planejamento.
Afinal, é a partir do valor disponível para investimento que se pode definir o tamanho inicial da empresa, assim como a documentação, locação, contratação de seus colaboradores, estrutura física, matéria-prima, marketing, etc.
Para leigos, o setor financeiro se baseia em organizar as contas a serem pagas, para que fiquem sempre em dia com o recebimento. Mas, na prática, ele é um aliado para manter a sustentação da empresa e garantir que os negócios sejam viáveis. Com uma condução sem foco, pode engessar o empreendedor e impedi-lo de avançar.
De nada adianta pensar em gerir as finanças sem entender sua complexidade. Manter a consciência exata de todos os gastos e custos inclui saber quais os valores de recebimento. E é nessa base estrutural que reina a maior parte dos equívocos que podem levar à falência, já que, quando começam a surgir as dificuldades, fica ainda mais difícil encontrar o caminho certo para sair delas.
Dessa forma, quando surgirem os primeiros entraves, é preciso manter uma visão mais distanciada para analisar de forma mais criteriosa a situação. O fator emocional pode influenciar muito na tomada de decisões, aliado à rotina contábil que é mais rigorosa.
O setor financeiro é o maestro de todos os outros setores da empresa, integrando-os aos sistemas e fazendo com que eles possam realizar suas funções de forma harmônica e expansiva. Sem o devido controle, a repercussão é imediata com corte de recursos, mão de obra e projetos.
Em uma agência de marketing, o olhar da empresa fica com o seu produto e a comercialização dele, para que seja adequada à qualidade oferecida. Mas, muitos esquecem que sem um controle racional das finanças, as ações de marketing que visam aprimorar o relacionamento com o cliente podem ser as primeiras a serem cortadas.
Métodos para uma gestão de qualidade
Cinco em cada dez empresas fecham suas portas nos primeiros cinco anos de existência, segundo dados do Sebrae. E a esmagadora motivação para o seu término é a má gestão financeira e o descontrole nas entradas e saídas.
Mesmo inexperiente no assunto financeiro, o gestor pode buscar ajuda em empresas terceirizadas. Mas nada melhor do que aprender na prática a cuidar do próprio negócio, cuidando de cada detalhe para manter o seu crescimento e superar as dificuldades.
Há ainda a possibilidade de conhecer dicas valiosas de profissionais bem-sucedidos na gestão financeira de agências de marketing, um ambiente específico e com métodos peculiares. Segue, abaixo, ações mais conhecidas e relevantes, que podem ser incorporadas na rotina:
1 - Educação financeira
Uma pessoa com dificuldades de gerir suas próprias finanças pode manter o resultado ruim, encabeçando a gestão financeira da empresa. A lógica se dá pela falta de educação financeira pessoal, com a qual se tem controle sobre suas contas e recebimentos, tem um valor para caso de contingência e ainda é possível poupar.
Se, ao contrário, a vida financeira é norteada por gastos elevados e maiores do que os recebimentos, não sobra nada para a reserva e muito menos para poupar. Pode ser quase impossível gerir uma empresa com montantes maiores e responsabilidades que vão além das contas mensais de luz, aluguel e alimentação.
2 - Conta pessoal x conta da empresa
É muito comum que as contas de pessoa física e jurídica se misturem e logo comecem a confundir o gestor sobre o que é da empresa e o que é pessoal. Esse é um dos principais motivos para o descontrole total da gestão financeira, já que pode chegar um ponto no qual não se tem mais ideia das entradas e saídas, apenas das dívidas.
O melhor é ter uma conta específica para a empresa, que inclua cartão de crédito corporativo para que sejam realizadas as compras faturadas de suprimentos e outros produtos. E o gestor mantenha suas contas distantes, realizadas através de seu pró-labore.
3 - Definir o pró-labore
Nos primeiros meses da empresa, é muito comum que o empresário não retire seu pró-labore, focando apenas em manter as contas em dia e nos investimentos necessários para o crescimento inicial. Ele se mantém com recursos próprios, suas economias ou até mesmo um outro trabalho que dê suporte inicial às suas finanças pessoais.
Para chegar ao valor adequado do pró-labore, conhecido como “salário do sócio”, é preciso fixar uma média salarial dos funcionários. Diferente do lucro, em que os sócios recebem conforme sua participação na sociedade, esses valores são fixos e pagos como um salário mensal.
4 - Conhecer todos os custos e gastos da empresa
Não é possível ser surpreendido com uma taxa extra ou uma conta inesperada dentro de uma gestão financeira. Todas as contas e gastos devem ser listados, aliados com imprevistos comuns no meio empresarial.
É importante ter os custos enxutos, para evitar onerar ainda mais a empresa e fazer com que abra mais espaço aos riscos do empreendimento. Custos muito altos podem elevar, também, a necessidade de ampliar mais as vendas e gerar ainda mais gastos para o investimento.
5 - Conhecer os termos
Como todo ramo de atividade, o setor financeiro também possui seus termos específicos e é preciso conhecê-los. Isso ajuda a quebrar o receio de desbravar o caminho do conhecimento das finanças, assim como a elaborar relatórios mais precisos e coerentes.
6 - Resista à tentação
Ter um cartão corporativo e dinheiro em caixa é sempre uma tentação para o dono do negócio. As pequenas despesas diárias são as iscas mais comuns para que o gestor caia na tentação de ir além de seu pró-labore.
7 - Mantenha a conexão com a web
Realizar transações financeiras através da web é um facilitador para não deixar as contas atrasarem e muito menos enfrentar horas de filas e até risco de assaltos. Há, ainda, opções de cobranças para contas jurídicas, com emissão de boletos, avisos de proximidade do vencimento, etc.
8 - Entender como mensurar os lucros da empresa
Toda empresa tem um ciclo financeiro, com períodos de entradas e saídas. Isso significa que não basta ter dinheiro em caixa para acreditar que há lucros, pois a maior parte das vezes ele já está destinado aos pagamentos. É preciso ter métodos mais detalhados sobre os processos e entender quando realmente os lucros estão acontecendo.
O lucro é o objetivo principal da gestão financeira, que sinaliza contas pagas e sobras financeiras que são possíveis para investimentos. Mas, sem o cuidado necessário este lucro deixa de reproduzir mais e acaba se esvaindo.
9 - Contrate um gestor financeiro
Se a área financeira não é o forte do empresário, é mais coerente que ele contrate um profissional ou uma empresa especializada, que possa gerir adequadamente a função. Afinal, é preciso toda atenção para o setor e um olhar treinado para identificar os detalhes.
A gestão financeira pode ser o temor de um empresário iniciante, em especial de agências de marketing. Afinal, é preciso ter um foco bem direcionado e treinado para a área, a fim de tornar a empresa próspera. Saiba os métodos cotidianos que podem ajudar a manter o controle das finanças em nosso site.