Concorrência do YouTube? Facebook investe em vídeos mais longos
O Facebook agora está interessado que os seus usuários assistam a vídeos mais longos em seu feed. Mas, qual seria o motivo dessa mudança? Será que ele quer concorrer com o YouTube? Leia o artigo a seguir para entender melhor a atitude do Facebook.
Na verdade, o motivo pelo qual o Facebook está investindo em vídeos mais longos é simples. É que a rede social entendeu que se os usuários passarem a assistir vídeos em seu feed, da mesma forma que assistem na TV ou no YouTube, é possível que eles passem a vender através dos seus novos anúncios de mid-roll, que são aqueles que aparecem no meio da exibição.
Sendo assim, os usuários do Facebook que gostam de vídeos com a duração mais longa irão encontrá-los com mais facilidade nos seus feeds de notícias. A consequência disso é que alguns vídeos de duração mais curta podem ter uma queda em sua distribuição no News Feed.
As vantagens dos vídeos mais longos para o Facebook
Essa mudança faz parte dos esforços do Facebook para aumentar o tempo de permanência de seus usuários no site. Esse movimento faz com que mais anunciantes sejam conquistados.
Segundo pesquisa do Recode, os usuários do Facebook assistiam a 100 milhões de horas de vídeo por dia na rede social. Isso em 2016. Com o aumento do tempo médio dos vídeos exibidos, a receita de publicidade mid-roll pode girar em torno de mais de US$ 3,8 bilhões.
Já estão em uso novas maneiras de se inserir anúncios no conteúdo pelo Facebook. O YouTube também utiliza essa forma de divulgação de anúncios no meio dos vídeos enquanto eles são assistidos.
No caso do Facebook, os anúncios aparecem assim que o usuário assistir 20 segundos de um vídeo que for executado por pelo menos 90 segundos. Essas mensagens publicitárias são limitadas a 15 segundos de tempo. O Facebook está concedendo aos editores 55% da receita dessa publicidade.
No entanto, o Facebook chegou a comentar em um post que os criadores de vídeos não deveriam se atentar apenas ao algoritmo, e sim na qualidade do conteúdo. A plataforma afirmou que o melhor comprimento para um vídeo é aquele necessário para contar uma história envolvente e que atraia as pessoas.
O que mudou no algoritmo do Facebook
Conforme foi dito anteriormente, o Facebook mudou a maneira como ele quantifica a conclusão percentual, ou seja, a porcentagem do vídeo que o usuário termina de assistir. Isso quer dizer que os vídeos com duração mais longa, que deixam o usuário mais tempo conectado na plataforma assistindo, terão um aumento na distribuição pelo Facebook.
Para que isso fosse possível, foi realizada uma alteração no algoritmo do News Feed da rede social. Foi apenas uma de uma série de ajustes recentes que o Facebook vem realizando. Algumas delas são as modificações que favorecem os vídeos ao vivo e os posts que forem compartilhados por amigos, em vez de editores.
A mudança que permitiu os editores de exibir propagandas no meio do canal ou de vídeos foi apenas o primeiro passo para esse investimento em vídeos mais longos. Ganha o Facebook, que tem os usuários mais tempo assistindo a vídeos em sua plataforma, e o anunciante, que terá suas mensagens publicitárias exibidas no meio de um vídeo com a duração mais longa.
Além disso, o tempo em que o usuário assiste a um vídeo dá ao Facebook algumas informações importantes que podem ser colhidas pelo seu sistema. Quanto mais tempo alguém assistir a um determinado vídeo na plataforma, mais o Facebook irá considerá-lo atraente e relevante. Assim, a porcentagem de vezes que esse vídeo irá aparecer nos feeds de notícias será maior.
Anúncios em vídeos mais longos
Essa modificação realizada pelo Facebook era muito provável de acontecer. Isso porque é muito mais fácil a venda de propaganda em vídeos com maior duração. Assistir a um anúncio que tenha a duração de 15 segundos em um vídeo de 60 segundos não é agradável para o usuário. Mas, se o vídeo tiver o total de 5 minutos, isso muda de figura.
No entanto, muitos questionaram essa modificação, pois, em geral, o comportamento de quem usa o Facebook é a favor de conteúdos mais curtos. Por isso, pareceria improvável que eles permaneceriam conectados à plataforma por muito tempo, mudando seu comportamento.
Por isso que o Facebook - tanto para estimular a criação quanto o consumo de vídeos com maior duração - resolveu recompensar os criadores de vídeo que tivessem seus produtos assistidos até o fim. O objetivo é dar o crédito de uma visualização a um criador se um usuário assistir a um conteúdo por no mínimo três segundos.
A criação do sistema de recompensas juntamente com o fato de que o Facebook já reproduz um vídeo automaticamente quando ele aparece no feed dos usuários fez com que os responsáveis pela criação desse material para a plataforma se esforçassem para criar conteúdos mais atraentes e que captem a atenção dos usuários.
No entanto, vários editores do Facebook relataram que as taxas de conclusão de seus vídeos estavam muito baixas. Dessa forma, além de criar o sistema de recompensas, a plataforma decidiu aprimorar ainda mais o seu algoritmo do feed de notícias, dando recompensas ainda maiores aos vídeos mais longos.
Facebook X YouTube
Definimos as modificações pelas quais o Facebook passou para investir em vídeos mais longos, mas falamos muito pouco sobre a relação com um grande concorrente: o YouTube.
Claro que todos os motivos citados anteriormente para a realização da mudança são válidos. Mas não podemos esquecer da concorrência. É claro que o Facebook também está buscando competir com o YouTube nesse sentido. Essa plataforma é considerada a mais importante em consumo de vídeos de longa duração.
O comportamento dos usuários do Facebook é consumir bastante conteúdo, pulando entre os status de amigos para os de artigos de notícias. Já no YouTube, as pessoas entram por um propósito e escolhem o que estão com vontade de assistir. Sendo assim, ficam mais engajadas e envolvidas por muito tempo. O Facebook quer competir o mais igualitariamente possível.
No entanto, ele ressalta que o que importa é que as histórias nos vídeos sejam bem contadas. Sendo assim, a plataforma diz que não deseja que os anunciantes se esforcem para criar vídeos mais longos, e sim que garantam que os usuários vão querer assistir ao conteúdo, pois o que vale mesmo é o engajamento e a porcentagem do conteúdo assistida.
E então? Será que o Facebook conseguirá concorrer com o YouTube de igual para igual? Gostou desse texto? Então acesse o site da RedaWeb e leia outros artigos interessantes em nosso blog. Ligue para 0800 750 5564 para conhecer nosso trabalho e para assinar um plano de produção de conteúdo.